sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PMDB do PR ameaça apoiar Ciro contra Dilma

No Bem Paraná

O deputado estadual Nereu Moura (foto) anunciou ontem a intenção de propor, na reunião da Executiva Estadual do PMDB hoje, que o partido a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao invés da pré-candidata do PT, ministra Dilma Roussef. A proposta é uma reação à insistência de Lula em atrair o PMDB paranaense para uma aliança em torno da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado, em detrimento das pretensões do vice-governador peemedebista, Orlando Pessuti.
“O PT está escolhendo o seu caminho, e nós escolhemos o nosso. O PT está demonstrando preferência pelo Osmar. Não temos porque apoiar a Dilma”, afirmou Moura, que diz ter relatado a ideia ao governador Roberto Requião (PMDB).
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A iniciativa do parlamentar reflete a irritação dos peemedebistas com a atitude de Lula e do PT local, que defende uma coligação entre os partidos da base do governo federal em torno da candidatura de Osmar ao governo. O argumento é de que o pedetista – que divide com os tucanos Alvaro Dias e Beto Richa a liderança das pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado - garantiria um palanque forte para Dilma no Paraná.
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Essa irritação teria se acentuado após a visita de Lula a Curitiba na última quinta-feira, quando Osmar viajou ao lado do presidente no Aerolula, em mais uma demonstração do prestígio do senador junto ao Palácio do Planalto. A visita foi marcada pela ausência de Requião, que incomodado com declarações do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em favor da candidatura de Osmar, preferiu não aparecer no evento com o presidente, enviando Pessuti ao encontro.
No contato com Lula, o vice-governador teria novamente cobrado o apoio do PT às suas pretensões de disputar o governo.
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E ouvido do presidente respostas evasivas, e insistentes em relação à necessidade de que as “forças progressistas” - PT, PMDB e PDT - estivessem unidas desde o primeiro turno da eleição de 2010.

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Reciprocidade — Os caciques peemedebistas alegam que o PT estariam rompendo uma parceria antiga com o PMDB no Paraná, e lembram que o partido ocupa cargos no primeiro e segundo escalão do governo Requião. Argumentam ainda que enquanto Pessuti apoiou a reeleição do presidente em 2006, Osmar apoiou o candidato de oposição, ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Não vamos apoiar a Dilma de faceira (sic)”, disse Moura. “O PMDB tem 18 deputados estaduais, e quer reciprocidade”, acrescentou o deputado Alexandre Curi (PMDB).
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Diante do risco de uma debandada geral em favor de candidatos de outros partidos, principalmente em relação ao prefeito de Curitiba, Beto Richa, Moura também disse que vai propor uma postura rigorosa da direção do PMDB contra os dissidentes. “Vamos exigir fidelidade dos filiados do PMDB. Não dá para aceitar gente acendendo vela para dois santos. Vamos pedir o mandato de todos os que saírem”, avisou. Questionado sobre o fato de que muitos deputados estaduais trabalham por uma aproximação com o PSDB de Richa, o parlamentar foi direto: “quem não apóia o Pessuti é porque está sendo oportunista”, afirmou.

Um comentário:

  1. APOIAR CIRO É UM RETROCESSO, ASSIM COMO O PT APOIAR OSMAR. OS PARANENSES SEQUER SABEM QUEM É CIRO E ESTE PARECE TER UMA IDEOLOGIA BEM DIFERENTE DO FUTURO GOVERNADOR ORLANDO PESSUTI. SOU CONTRA O APOIO PETISTA A OSMAR E CONTRA O APOIO PMDEBISTA A CIRO.

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