Este blog já vem dizendo algum tempo que a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) é uma das mais vulneráveis que se apresenta na corrida ao Palácio Iguaçu em 2010. Tem repetido isso baseado nas alianças desidratadas até então constituídas, na fragmentação da “grande aliança” de 2006 e nos interesses díspares do grupo que ele representa com o parceiro de ocasião – o PT.
Se em 2006 Osmar demorou a decidir-se sobre a disputa, agora o pedetista errou a “time” ao colocar a campanha em abril deste ano. Ou seja, antecipou-se em relação a outros candidatos em um ano.
Outro fato que complica a vida de Osmar Dias chama-se Dilma Rousseff, candidata do PT à presidência da República. Embora busque reunir o maior número possível de apoios nos estados, ela também sabe que será impossível colocar no mesmo palanque o governador Roberto Requião (PMDB) e o candidato pedetista. Logo ela terá que fazer uma escolha.
Para um bom entendedor, a troca de intensas gentilezas durante o jantar de ontem à noite, na Granja Canguiri, a residência do governador Requião, sinaliza para onde a ministra Dilma poderá amarrar o bode. O peemedebista também reafirmou o voto na candidata do PT à sucessão de Lula.
Se Dilma prefere Requião e Requião prefere Dilma, ao mesmo tempo em que rejeita Osmar e confirma o vice Orlando Pessuti para a disputa do governo do estado, é óbvio que PMDB e PT estão afinando a viola eleitoral.
A presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, não morre de amores por Osmar Dias. O que ela pretende é assumir a segunda vaga no Senado Federal. Como todos sabem, até o jacaré do Parque Barigui, a primeira vaga já tem dono: Requião. A petista quer a segunda. Alguém duvida?
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