Até que durou bastante a verve “esquerdista” do deputado federal Ricardo Barros, presidente estadual do PP e vice-líder do governo na Câmara, que tentava abocanhar uma das vagas na disputa pelo Senado junto com o PT e o PDT.
O problema que o PP quer é fazer uma composição na chapa proporcional para, ao menos, manter o número de 3 deputados federais.A tendência, hoje, é que o partido perca uma vaga.
O diabo é que o PT e o PDT não aceitam o PP na proporcional. Acham que o partido de Barros não tem expressão eleitoral suficiente, nem votos, que apenas lhes arrancaria três cadeiras da Câmara.
Por outro lado, o PP tem um generoso tempo de TV. É nessa arma que o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), candidato ao Palácio Iguaçu, está de olho.
A reaproximação com o PMDB está ocorrendo de maneira até acelerada. Hoje, por exemplo, em Araucária, Ricardo Barros foi a ausência mais comentada no encontro do senador Osmar Dias (PDT). Ele foi um dos primeiros dirigentes de partido a começar o périplo pelo estado ao lado do pedetista.
Pessuti joga com o tempo a favor e poupa energia. Sabe que a caminhada será longa, por isso evita dar os primeiros passos das composições. Também entende que um gesto no momento inoportuno pode supervalorizar o aliado que poderá negociar com o outro lado da cerca.
O PP, não pela vontade de Barros, mas pela força de atração do governo federal não poderá marchar com os tucanos, seja o candidato o senador Alvaro Dias ou o prefeito de Curitiba, Beto Richa.
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