Dias atrás o Brasil inteiro ouviu do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), a declaração de um fato importante ocorria no legislativo de nosso país e que segundo ele, trata-se de uma crise de representatividade, dividindo com imprensa e ONGs o poder administrativo.
Se isso acontece é preciso encontrar os motivos pelos quais aconteceram e as soluções para o resgate de sua representatividade, como defendeu o articulista do Jornal Gazeta do Povo Rhodrigo Deda.
Pensar os partidos políticos brasileiros é uma atitude fácil, mas compreender porque agem de tal forma, perdendo sua identidade e representatividade é um problema grave.
O que se verifica é uma preocupação interna nas agremiações, que tem por objetivo atender os anseios de filiados sem dividir com opinião pública e com a sociedade de maneira geral, suas idéias, avaliações e pensamentos, tentando impor determinadas posições com a força e nunca com o debate.
Se não há a divisão de opiniões, não existe como se chegar a um entendimento, alcançando-se no máximo a uma situação de quem pode mais chora menos, ou eu mando e você obedece.
É como aquela história do garoto que é o dono da bola. Se seu time começa a perder ele recolhe a redonda, põe embaixo do braço e vai embora.
Muito mais que uma agremiação política, os partidos tem o dever e a obrigação de debater os assuntos pertinentes a sociedade, encontrando soluções para os problemas, tudo num clima de cordialidade, ao menos entre seus membros.
Ninguém é tão poderoso que pode por seu bel prazer, escolher, determinar, resolver, sem uma profunda discussão. Quando isso ocorre os desastres são esperados e os estragos são gigantescos.
Participamos de um debate em Brasília há poucos dias sobre comunicação e campanhas políticas. É nítido e claro que a participação das mídias eletrônicas é de fundamental importância para a divulgação e adesão a determinadas situações de nosso dia a dia. A sua abertura e credibilidade foi conquistada através da participação popular e o mesmo deveria se aplicar aos partidos políticos brasileiros, que precisa aprender a compartilhar.
O bom diálogo permite a todos nós ampliar fronteiras, quebrar barreiras e encontrar soluções.
A democracia não é imposta, pois se assim fosse, seria uma ditadura.
As opiniões e os espaços são livres e quem planeja ocupá-los precisa, antes de qualquer coisa, estar aberto a críticas, preparado para ouvir e disposto a responder, sem agressividades, mas com o respeito necessário para que a voz de todos seja ouvida.
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