terça-feira, 20 de abril de 2010

Pessuti: Apoio obtido em Brasília ajudará no caso Banestado

O governador Orlando Pessuti disse, durante a reunião semanal do secretariado desta terça-feira (20), que o provavelmente o Paraná consiga recuperar cerca de R$ 260 milhões, retidos pelo Tesouro Nacional, ainda neste semestre. “A multa é uma injustiça que se pratica contra o Paraná. Com o apoio dos senadores, deputados e ministros esperamos resolver esse problema”, disse Pessuti.

Pessuti contou sobre as reuniões, que teve na semana passada, em Brasília com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Paulo Bernardo e com o líder do governo no Senado, Romero Jucá. A ideia é aprovar em votação no Senado uma resolução do senador Osmar Dias, que extingue a multa e faz com que o cálculo da dívida volte ao índice inicial, o IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna).

A dívida que o Paraná ainda tem que pagar, depois de 10 anos da privatização do banco, soma cerca de R$ 9 bilhões. Com o retorno ao índice antigo, o cálculo diminuiria em cerca de R$ 1 bilhão. De acordo com Pessuti, o Estado foi penalizado erroneamente com a troca de forma de reajuste e as retenções.

“Ficamos sem o banco, já pagamos R$ 7 bilhões e devemos ainda R$ 9 bilhões. Mas o pior de tudo é que por conta dos questionamentos legítimos que o Paraná e o governador Roberto Requião sempre fizeram, estamos sendo penalizados com uma multa em torno de R$ 5 milhões por mês. Agora temos um dinheiro que é nosso lá acumulado, que poderia estar sendo utilizado”, disse Pesstui

COPEL - Caso a resolução seja aprovada no Senado Federal, lembrou Pessuti, ainda restará o problema das ações da Copel, que foram dadas em garantia ao pagamento de títulos podres dos estados de Pernambuco, Alagoas e Santa Catarina e das cidades paulistas de Osasco e Guarulhos. “O risco que nós corremos hoje é de virmos a perder o controle acionário da nossa principal companhia”, afirmou Pessuti.

A questão da Copel poderá resolvida na Justiça ou por um acordo. “Queremos uma solução definitiva para o Estado do Paraná. Qualquer entendimento tem que ser compreendido, entendido e aceito pela nossa Procuradoria, nossa Secretaria da Fazenda, e resolva definitivamente a questão”, afirmou o governador.

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